Há alguns dias eu postei
aqui uma matéria sobre barbearias (na verdade um relado sobre barbearias). Na época eu tinha conhecimento sobre um trabalho de dois veteranos meus a respeito desse assunto, procurei para linkar, mas não achei na internet o documentário que eles fizeram, intitulado de
“Barba, cabelo e bigode”.
Ainda assim, acho interessante divulgar o trabalho da Elisa França e do Vitor Arantes Tancredo já que tem tudo a ver com cabelo. A princípio eles pensaram em fazer um documentário sobre conversas em salões e barbearias. Mas por fim acabaram decidindo por documentar a tradição do segundo.
A partir de entrevistas eles construíram “um diálogo entre os salões novos e as barbearias antigas para mostrar as principais diferenças entre eles, tanto no aprendizado da profissão, quanto nas técnicas e no relacionamento com os clientes”. Além disso, Elisa conta que eles perceberam que esses locais estavam acabando e que o modo de aprendizado e de trabalho hoje é outro.
Atualmente, existe uma crescente abertura de salões unisex. Esses estão cada vez mais modernos e oferecendo diferenciados serviços no tratamento dos cabelos. Contudo, as antigas barbearias, que cuidam não só dos cabelos, mas também da barba e do bigode dos rapazotes e dos velhotes, estão cada vez mais raras. Sem falar da forma como eles lidam com a clientela: com paciência, cuidado e respeito. Não estou criticando os salões, mas não agüento ir a um salão e esperar meia hora para ser atendida e ficar 10 minutos na cadeira para cortar o cabelo.
Outro fato que está em extinção, e que é tratado no Trabalho de Conclusão de Curso da Elisa e do Vitor, é a forma de aprendizado desse ofício. A navalha ainda é utilizada e algumas técnicas antigas também são freqüentes, mas a forma como isso é apreendido nem sempre é como era antigamente, ou seja, passado de pai para filho.
Infelizmente, o trabalho não está disponível na internet. Então para aqueles que gostaram do assunto e que moram em Viçosa podem passar no Laboratório do Curso de Comunicação Social/ Jornalismo da UFV para ler e assistir ao documentário. Para os que aqui não moram fica a dica: vá ao
site da Elisa e lhe dê uma bronca, pois trabalho bom tem que está acessível a todos!