terça-feira, 29 de setembro de 2009

Viva o loiro!

Angelical, puro, sexy, moderno são alguns dos adjetivos dados aos cabelos loiros ao longo da história. Podem parecer contraditórios, mas o loiro desde tempos mais antigos gera repercussão e discussão.



Atualmente apenas cerca de 2% da população adulta do mundo possuem o cabelo loiro natural, os outros restantes que vemos andar aos montes com as mexas claras pela rua, procuram cabeleireiros para mudar a cor original do cabelo.

A cabeleireira há 23 anos, dos quais 21 em São Paulo (SP), Maria do Rosário Silva Guedes, diz que 80% das pessoas que procuram modificar a tonalidade preferem clarear os fios. Um número bastante expressivo, que demonstra que as piadinhas, no mínimo preconceituosas com as loiras, não prejudicam na hora de alterar a cabeleira.

Maria do Rosário diz que além da vaidade, as pessoas estão sempre querendo se transformar, e o cabelo é o primeiro item a entrar na lista. Ela ainda acrescenta que a próxima tendência é fazer mexas finas, douradas ou bem claras. Influência da Ivone, personagem de Letícia Sabatella na última novela das 8 da emissora Globo.

Confesso que já pintei o cabelo algumas vezes. Sendo que em todas eu era surpreendida com um friozinho na barriga, devido a ansiedade de ver o resultado. Dos 14 aos 19 anos, as luzes eram a minha preferência. Daí resolvi colorir o cabelo de loiro claríssimo. Na época fiquei admirada com os cabelos loiros de Leona, da novela global Cobras e Largatos, interpretada por Carolina Dieckmann.

Bem, o resultado com certeza gerou polêmica! Alguns disseram que eu fiquei linda, outros horrenda (rsrs). No final cansei de escutar se estava passando bem, porque parecia tão pálida ... e decidi escurecer as madeixas.


Não são todas as pessoas que combinam com cabelos loiros, sem falar que existe uma infinidade de tonalidades para essa cor. Por isso quando você resolver colorir, procure um profissional e estude o que ficaria melhor com seu tom de pele ou sua personalidade. E não caia na besteira de querer ser a Carolina! Se tudo for a favor, renda-se ao poder e a glória do loiro!

Fotos: Flickr/Crative Commons: André-Batista e Zach Klein

sábado, 26 de setembro de 2009

Cabelos brancos

Não é comum, mas tem pessoas que tem cabelos brancos e gostam disso. Na verdade, elas tem explicações próprias e acreditam que tem vantagens "aceitar" a cor que o cabelo ganhou com o passar do tempo.

O operador de máquina copiadora, Joaquim Dimas Teixeira, de 53 anos, participou de um vídeo para o Cabeleira Confusa (o vídeo está no primeiro post) e ele disse que "os cabelos brancos são a glória do homem". Joaquim nos contou que ele leu essa frase na Bíblia e que ele cre que isso é verdade. Quando ele nos deu este depoimento fiquei curiosa e resolvi procurar. Achei! Está no livro Provérbios, capítulo 20, versículo 29. E tem mais: Provérbios, capítulo 16, versículo 31.
Calma, eu não estou confundindo as coisas. A palvra "cãs" significa "cabelo branco". Em Bíblias de traduções mais recentes isso já está trocado.

A relação com o cabelo branco representa questões morais entre as pessoas. Para Joaquim, os seus cabelos transmitem respeito e ele se sente muito vigoroso. "As pessoas até me elogiam", afirmou. Além disso, ele não entende que cabelo branco é sinônimo de velhice e esclarece: "quanto mais ele fica branco mais eu gosto".



Hoje já se sabe que os fios ficam brancos por perderem uma substância chamada melanina. E isso não acontece só em pessoas mais velhas. Jovens podem apresentar fios brancos. Mas a ideia comum é que quem está começando a ter uma "cabeça branca", está ficando velho. Ai, só tendo um motivo muito relevante, como o do Joaquim para se relacionar bem com o próprio cabelo.


A liberdade de estilos que se vê na atualidade diminui um pouco dessa preocupação em ter que pintar os cabelos. É cada um do seu jeito. Já reparou em grandes cidades? Você anda pelas ruas e vê muitas pessoas com maneiras de se arrumar bem diferentes da sua. E em uma universidade, então? Quanta criatividade! As pessoas se posicionam também por meio dos cabelos. Os que não gostam do que a natureza proporcionou, buscam mudar. Os outros, exibem o que tem com satisfação.











Foto: Flickr/Creative Commons: g_cowan; JPhilipson; ephramjames

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Cabelo no ralo? Pode ser doença!

O cabelo possui um ciclo de vida de 5 anos. Ele nasce, cresce e cai. É, isso mesmo, cai! É normal o cabelo cair e não se espante com isso. Contudo, é preciso ficar atento com a freqüência e o volume dos fios no chão, pois existem diversas outras causas para a cabeleira despencar e nesse caso não é saudável.

Segundo a dermatologista Silvânia Saraiva Viana os motivos dessa queda podem ser devido à calvície; excesso de hormônios; anemia (falta de ferro); stress ou traumas psicológicos; doenças de um modo geral, como câncer, tuberculose, pós-infecções e claro, as doenças próprias do couro cabeludo.

Esta última são muitas e os termos, pra ser sincera, são bem técnicos, por isso vou tentar explicar as doenças mais comuns e de forma mais simples.

1 – Micoses do couro cabeludo: mais freqüentes em crianças. É causada por fungos e pode ser transmitida de pessoa para pessoa.



2 – Tricotilomania: não se assuste! O nome é feio, mas a explicação é simples. Trata-se apenas da atitude que algumas pessoas, ao ficarem nervosas ou ansiosas, arrancam os próprios cabelos. Acha que é brincadeira? Esse comportamento, às vezes, é inconsciente, a pessoa passa a mão na cabeça ... dá uma enroladinha nos fios ... e crec! Puxa o fio.

3 – Alopecia de tração: sabe as transinhas rastafari? Esse é um exemplo para a queda do cabelo por tração. O que acontece é que a raiz não suporta a força com que os cabelos são puxados em alguns penteados e dessa forma o fio cai. Porém, o uso constante desses estilos pode fazer com que mais e mais fios caiam e algumas vezes não volte a crescer.



4 – Dermatite seborréica: mais conhecida como caspa! Na verdade não se trata de uma doença e também não faz o cabelo cair. Mas a sua ocorrência é bastante comum, então é bom esclarecer algumas dúvidas. Em primeiro, se trata de um distúrbio genético, no qual a glândula sebácea se desenvolve mais que o normal e consequentemente produz mais óleo. Meio esse propício para o surgimento de bactérias e fungos que se alimentam e se reproduzem formando assim a caspa. Em segundo, é importante ressaltar que a caspa não é transmitida de pessoa para pessoa ou por objetos e não se trata de falta de higiene. Por falar nisso, xampus anti-caspas apenas auxiliam no tratamento, pois eles são anticépticos e limpam o couro cabeludo.

Na dúvida, qualquer coceirinha, irritação ou inflamação que apareça no seu couro cabeludo a melhor opção é procurar um clínico geral ou um dermatologista. Só eles poderão orientar o melhor tratamento, sendo que em alguns casos será necessário também o acompanhamento de um psicólogo.

Foto: Flickr/Creative Commons: Nina Maria

sábado, 19 de setembro de 2009

Avaliação médica

O Ministério da Saúde adverte: muitas doenças estão diretamente relacionadas ao trabalho (arquivo em pdf).

Bem que muita gente queria, mas não pode deixar de trabalhar por isso. Ainda mais que muitas vezes as dores podem aparecer pelo fato de a pessoa desenvolver a atividade profissional de maneira não adequada. Todo trabalho, por mais tranquilo que seja, se realizado de modo a não prezar pela segurança pode gerar grandes transtornos.

As doenças são uma das consequências desse descuido no ambiente de trabalho. No caso dos cabeleireiros, a falta de prevenção apresenta-se como o principal risco. São coisas básicas que podem ser realizadas todos os dias e que poderíam virar hábito. Assim como um atleta, tem que "aquecer" antes de começar a "exercitar". Vamos aos exemplos: para as varizes, o médico especialista em medicina da família e da comunidade, Marcello Rebello Lignani Siqueira, recomenda "ficar um pouco na ponta do pé e depois no calcanhar, na ponta do pé no calcanhar; andar um pouco, sempre que puder; deixar as pernas suspensas por 10 a 15 minutos para facilitar o retorno do sangue".

Junto com as varizes, ele classifica a LER e a síndrome do túnel do carpo, que abordamos no post anterior, como outras duas enfermidade ligadas ao trabalho do cabeleireiro. Mas ele faz uma ressalva: "o termo LER não é mais utilizado, é mais DORT, que é Doença Orteo-muscular Relacionado ao Trabalho".

A base do tratamento da DORT, de acordo com o nosso médico, é a fisioterapia e a reeducação postural. A síndrome também é tratável. Com cirurgia pode-se desinflamar os tendões e diminuir a pressão nos pulsos. Ambas podem gerar o afastamento do profissional de sua atividade, quando se comprova que a doença é derivada da repetição de ações no trabalho.

O ideal seria que o cabeleireiro pudesse ter mais intervalos durante a atividade profissional. Não trabalhasse muitas horas seguidas para que a musculatura descansasse da atividade que estava sendo realizada para depois retomá-la.

Conversando com o Marcello descobri outro fator que pode trazer riscos à saúde do cabeleireiro: o salão. O ambiente, muitas vezes é fechado, o que facilita a transmissão de doenças respiratórias, como gripe, sinusite, amidalite e faringite. Várias pessoas circulam pelo salão todos os dias e o cabeleireiro tem um contato muito próximo com as pessoas.

Ainda um outro risco apontado pelo médico é quanto as micoses no couro cabelo dos clientes. O contato com o cabelo doente pode transmitir o fungo para o profissional do salão. A esterialização, do utensílios usados no salão (tesoura, escovas, pentes...), neste sentindo, faz-se necessária para que os microorganismos que sempre estarão presentes não se multipliquem.

Já quanto aos produtos químicos, ele diz que não causam doenças, mas ressecamento da pele e desidratação. Dependendo da maneira como é realizado o uso do produto, pode se desenvolver uma alergia. E ele alerta: "ficar atento ao cliente. Se derepente ele começou a usar um produto químico e depois começou a ter alguma reação, é imporante interromper no (mesmo) momento e pedir a orientação de um médico, para ver se foi uma reação àquele produto ou não".

Todos os cuidados devem ser tomados quando se fala de saúde. Ainda mais quando essa atitude pode oferecer, ao mesmo tempo, segurança para a sua própria saúde e status de qualidade para os clientes. É ou não é uma boa preocupar-se com a prevenção?



terça-feira, 15 de setembro de 2009

Riscos aos cabeleireiros

Quando você procura por um salão de beleza, você está procurando se cuidar, arrumar-se. Ao se preocupar com o seu visual, você acaba preservando a saúde do seu cabelo. Por outro lado, os cabeleireiros que se dedicam a grandes jornadas de trabalho, podem ter prejuízos ao bem-estar do próprio corpo.

Os profissionais do cabelo passam muitas horas em pé e realizam movimentos repetitivos. Por essas atividades, sentem dores nas pernas, aparecem varizes e fortes dores em pulsos, braços, ombros e pescoços.
Uma doença já conhecida e que aparece entre os cabeleireiros é a LER. Outra que possui sintomas parecidos com esta é a síndrome do túneo do carpo, que Tamara Brandi Soares, cabeleireira há 23 anos, possui. "Escovas em cabelos muito grandes, eu não posso fazer mais, pois sinto dormência e dor nas mãos", afirma.

Além desses fatores, na rotina de um salão de beleza não se pode descartar o contato desses profissionais com os produtos químicos. A pele e os olhos ficam expostos à química, o que poderia ser evitado com a utilização de luvas, máscaras e óculos de segurança. Mas este não é um hábito muito recorrente entre os cabeleireiros, como conta Tamara: "a gente deveria usar máscara, mas eu não consigo muito trabalhar de máscara e luva".

Como se não bastasse todos esses riscos à saúde do cabeleireiro (arquivo em pdf), ainda existe a variação de temperatura. O dia-a-dia de um salão envolve atividades variadas. Ou seja, ora se tem contato com altas temperaturas e ora com baixas. Por exemplo, lava-se um cabelo e depois o seca, e assim por diante.

Realizar atividades físicas como forma a preparar o corpo para a rotina pesada dessa profissão é o básico e faz-se necessário para reduzir a incidência de futuros problemas de saúde.

Interessou-se pelo tema? No próximo post você confere as doenças mais frequentes entre os cabeleireiros, o modo de as prevenir e os tratamentos existentes.

Foto: Flickr/Creative Commons: .danica; Martina Raschelkittel

sábado, 12 de setembro de 2009

É dos carecas que elas gostam

Pesquisas feitas com mulheres apontam que homens cabeludos são mais atraentes. No entanto, são os calvos e carecas que têm mais chances de ser escolhidos para elas se casarem. Conforme a pesquisa os carecas transparecem segurança e estabilidade familiar.
Bem, se é dos carecas que elas gostam vamos entender por que os homens perdem cabelo! Como dissemos no outro post, a genética, em grande parte, é quem diz como somos ou iremos ser. Logo, sinto informar para aqueles que não gostam de sua calvície que você possui o gene com uma variação que favorece a queda de cabelo.

Segundo o professor de genética do Departamento de Biologia Geral da Universidade Federal de Viçosa, Carlos Roberto de Carvalho, esses genes com variações são herdados principalmente do cromossomo sexual X, ou seja, são as mães que repassam para os filhos essa propensão. Nesse caso, como o homem tem apenas um X e se ele apresentar o referido gene com defeito o indivíduo poderá desenvolver calvície. Esse quadro é decorrente da presença da dihidrotestosterona em altas concentrações na sua forma livre, ou seja, de uma fisiologia alterada que aumenta a produção do hormônio masculino, o que culmina na perda dos cabelos (alopeccia androgênica).

ATUALIZADO
Acho que surgiu algumas dúvidas! O senso comum diz que homem calvo necessariamente terá filhos com calvície. Pessoal, atenção! Isso está completamente errado. A calvície é um fator relacionado ao cromossomo sexual X. Logo é a mulher quem transmite essa herança. Mas é importante ressaltar que a mãe não precisa apresentar essa característica só porque possui esse gene. Logo, o exemplo: pai calvo, mãe normal com filho calvo, significa que a mãe não manifestou a propensão de ser calva mas transmitiu o gene. Explicado?

Lembram-se dos componentes ambientais? Pois é, na calvície, alimentos muito gordurosos, poluição e estilo de vida sedentária também podem acelerar o processo de perda do cabelo.
É importante ressaltar que a calvície não é uma característica masculina, as mulheres também podem ser calvas. A diferença entre a calvície da mulher e do homem é que a primeira não fica, em geral, careca, mas apenas os cabelos ficam fracos e ralos. A presença de dois cromossomos X nas mulheres atenua o problema.
Existem tratamentos que podem diminuir o processo da calvície. Eles agem na regulagem enzimática da via metabólica da testosterona, porém podem ocorrer efeitos colaterais indesejados como a impotência e problemas cardiovasculares.
Cuidado! NÃO existem xampus, cremes produzidos com plantas medicinais ou similares com efeitos milagrosos que dizem diminuir ou acabar com a calvície! O que existe é muita gente mal intencionada querendo lucrar por meio dos desinformados. Contudo, a uma notícia boa: as indústrias farmacêuticas estão investindo altos recursos financeiros em pesquisa e já há recentes descobertas da genética para que os cabelos deixem de cair.

Ouça também um podcast sobre calvície feminina aqui.

Foto: Flickr/Creative Commons: Luciano Meirelles

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A culpa é da herança genética!

“Nunca existiu e nunca vai existir uma pessoa igual à outra.” Essa frase de um geneticista russo que viveu na época do comunismo me faz lembra a minha vózinha. Certa vez na rodoviária de Belo Horizonte, MG, ela se virou para mim e disse: “Pelejo pra encontrar alguém ao menos parecido comigo, mas ainda não achei”, sorriu singelamente para mim e voltou a observar as pessoas que ali passavam enquanto esperava o ônibus.
Somos seres complexos em forma e atitude. É fato que tudo que somos fisicamente é herança da combinação genética de nossos pais junto a influências do meio, e esses são uma mistura de nossos ávos e assim sucessivamente. Anos, décadas, milênios de combinações de genes fizeram com que eu e você pudéssemos estar aqui hoje.
O DNA de cada um possui genes que determinam a base de como deve ser os olhos, nariz, altura e não podemos nos esquecer do cabelo, nosso foco principal nesse blog! São os genes os culpados pela espessura, tipo, cor e textura dos nossos cabelos.
Mas os genes não agem sozinhos, componentes ambientais, ou seja, fatores externos, como sol, poluição e fatores internos, como os nutrientes vindos dos alimentos e até o ar que respiramos podem contribuir na forma como nossos cabelos são.
Um exemplo para ficar um pouco mais claro é o caso de surfistas. Às vezes essas pessoas nascem com cabelos escuros e ao praticar esse esporte, após algum tempo, ficam com os cabelos loiros devido à exposição ao sol.

Contudo, essa história não é tão simples assim! Para que ocorram essas mudanças os diversos fatores ambientais e fisiológicos que interagem com o nosso genoma culminam com a ativação de genes específicos, provocando a expressão de pigmentos que formam o fenótipo do cabelo em uma determinada cor.
Deu um nó na cabeça? Calma que ainda não acabou. Quer entender como a genética contribui na calvície? Não perca o próximo post.

Foto: Flickr/Creative Commons: Ricardo Scholz

sábado, 5 de setembro de 2009

História do cabelo

Para as coisas mais específicas se encontra estudo e pesquisa hoje em dia. Ou melhor... para quase tudo! Procurando em livros de história não se acha conteúdo sobre uma parte que damos tanta importância no nosso corpo: o cabelo. Segundo a professora de História Contemporânea da Universidade Federal de Viçosa, Patrícia Vargas Lopes de Araújo, “não existe um foco, um interesse do historiador em trabalhar com essa questão. O cabelo está inserido em um outro contexto que é a história do corpo. Além da história do corpo, talvez na história das mulheres”.
Mas os cabelos fazem história sim. Eles tem o seu significado social e emblemático para cada época. Vamos pegar alguns exemplos. No período imperial usava-se cabelos partidos ao meio e muitos cachos. Na década de 20 tinham as melindrosas, com os seus cabelos curtos, chanel e que depois, nos anos 50, inspirou as mulheres a ficarem parecidas com os homens, em uma maneira de protesto e de busca por uma postura social e política mais bem definida. E quem não se lembra do cabelo black power. Movimento de grupos negros nos EUA que ganhou o mundo e ditou moda, principalmente, entre os homens.


O que permite que cortes e maneiras de cuidar do cabelo faça sucesso é a ideia que essas práticas transmitem. Como exemplo, temos as mulheres francesas que, de acordo com a historiadora Patrícia, passavam uma pasta nos cabelos para clareá-los. Elas buscavam o loiro, que era sinônimo de angelical, cuidado, pureza. Além disso, a professora acrescenta que a representação da virilidade, da força, e no caso das mulheres, da sedução, associada aos cabelos, era exposto nos retratos pintados.
Ou seja, com o cabelo se transmite mensagem, emoção e opinião. Até a decisão de deixá-lo a mostra ou não está ligado a questões particulares, de crenças e desejos. Quando as judias são proibidas de mostrarem os seus cabelos para as pessoas e só o fazem para os maridos, elas inibem que outros homens sintam-se seduzidos pelos seus longos cabelos. As indianas também não deixam o cabelo a mostra. Ver o cabelo é como ver a intimidade da mulher.
Mas e quando se fala dos homens? Ter a cabeça raspada já foi sinônimo de sabedoria, como sinal de desapego pelos sacerdotes egípcios, e agora, ficar sem os fios não é muito almejado. Todo mundo quando fala do próprio cabelo acaba por relatar uma história. Conta como ele já foi e como ele está no momento. E como o cabelo não se separa de nós ele acompanha todas as fases da nossa vida e pode ser usado como marcador dessas fases. Quando se decide mudar, o cabelo é o primeiro a sofrer alguma alteração, pois é o que expomos, com apetrechos ou não. Logo, a história do cabelo é a sua história.
O Cabeleira Confusa quer saber qual é a história do seu cabelo. Conte para nós a sua história. Vamos escolher e postar aqui no blog as três histórias mais incomuns. Mande a sua. Envie para cabeleiraconfusa@gmail.com

Leia também:

Fotos: Flickr/Creative Commons: Manu Galindo e foundphotoslj

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O Cabeleira Confusa

De todos os tamanhos, formatos e cores. Assim são os cabelos! Há um para cada estilo, para cada ocasião, para cada personalidade, para definir época ou geração. Dessa forma, o cabelo é comportamento, é saúde. É a maneira como nos expressamos e dizemos para o outro, inconscientemente, quem somos.

Cuidados diários com o cabelo fazem parte da nossa rotina e sem perceber vivemos e discutimos sobre ele. Mas existem inúmeros tratamentos, pesquisas, profissionais, histórias e emoções por trás dos nossos fios.

O Cabeleira Confusa é isso e um pouco mais. Criado por mulheres de fios lisos e enrolados e com a mente borbulhante de dúvidas e curiosidades, vem discutir e mostrar tudo que se pode entender e saber sobre o cabelo.

Por sermos estudantes de jornalismo, além das famosas dicas, pesquisaremos o quanto esse ser inanimado que se abriga em nossas cabeças é verdadeiramente importante e o quanto ele possui mistérios. Quebraremos tabus e mitos com relação a esse assunto. Faremos entrevistas em áudio e vídeo e contaremos, é claro, com a ajuda de sugestões dos leitores desse blog.

Nosso blog pretende ser fonte primária no assunto (o cabelo em relação à saúde e ao comportamento) para aqueles que tiverem interesse em conhecer mais o que significa ter cabelo na atualidade. Ou você pensou que cuidar de uma cabeleira era uma coisa simples?

Para começar, fomos as ruas de Viçosa e perguntamos o que as pessoas achavam de seus cabelos. O resultado foi esse:



Agradecemos as pessoas que participaram do vídeo, a Lucas Araújo pela construção da logomarca do blog e a Thiago Araújo pela edição do vídeo.

Maristela Leão e Fernanda Viegas